terça-feira, 9 de agosto de 2011

SER RADICAL NA IGREJA. ATÉ QUE PONTO?

Alguns movimentos dentro da igreja pregam uma radicalidade, que é imposta aos seus membros, que muitas vezes acabam vivendo, por medo ou necessidade, essa "repressão". Não pode ouvir tal música, não pode ir em determinado lugar, não pode...
Digo a vocês que meu pequeno tempo de caminhada me fez perceber que a radicalidade em qualquer que seja a escala, não traz mais bons resultados, principalmente com os jovens. É importante lembrar que antes de mais nada, somos seres humanos com nossos erros, nossos acertos, nossas falhas. Em  segundo lugar, somos jovens, buscamos a liberdade e temos a difícil missão de viver as coisas boas que o mundo nos oferece sem nos tornarmos mundanos e viver a igreja e o amor de Deus sem deixar de ser jovens.
Agora, porque eu vou na balada por exemplo, é porque eu não sou de Deus. Tem muita gente que vive os dois lados da moeda, o mundo, que vai muito além da balada, e a igreja, e é muito mais fiel a Deus que muitos que dizem viver a santidade e que estão dentro da igreja.
Claro que ir a balada, ficar bêbado, sair "ficando" com todo mundo, ouvir determinadas músicas que trazem letras ofensivas está errado, mas aqui entra aquele velho ditado: "tudo posso mas nem tudo me convêm."
O que devemos fazer é mostrar os dois lados, o certo e o errado, ambos com suas consequências e aí cabe ao jovem escolher qual dos caminhos seguir. Uma coisa eu digo, se fizermos certo o trabalho de ensinar e não de impor eles vão escolher o caminho correto.
Os jovens mudaram, são os jovens do século XXI, jovens que vivem conectados ao mundo digital, que vão na balada, que saem com os amigos que fazem mil coisas ao mesmo tempo, e nós temos que acompanhar essas mudanças na forma de pensar e agir. Vivenciar a realidade deles não quer dizer que nos tornamos mundanos mas que aceitamos o desafio de conhecer diferentes realidades para saber a melhor forma de dialogar com esses jovens. Vamos ser realistas: evangelizar quem está dentro da igreja é fácil, o desafio é falar do amor de Deus, numa balada, num bar... e em tantos outros lugares. Eu aceito esse desafio e você?



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