segunda-feira, 5 de setembro de 2011

FORÇA E CORAGEM


Duas palavras empregadas por Jesus Cristo para animar e encorajar seus discípulos na árdua e difícil missão de anunciar e viver o Reino de Deus. Nelas, Nosso Senhor expressa seu desejo e a vontade divina na continuidade de sua obra. Um projeto embasado no amor e na misericórdia. Sua promessa é de constante presença até os confins da Terra.
Todos nós que recebemos a graça do Batismo, somos convidados a viver a vida cristã com empenho e disponibilidade, além de alimentar a esperança na vida eterna. O chamado à vida e à vida cristã nos insere na dimensão do Reino de Deus. Nesta caminhada, o Senhor não nos tira do mundo, mas ora ao Pai para que nos preserve do maligno. Ser tirado do mundo seria muito cômodo, tranqüilo e nos deixaria sem compromisso na edificação da causa do Senhor.
Ouvir, porém, o apelo divino, ou seja, o de sermos preservados do maligno, é uma manifestação concreta da vontade do Pai. Ele quer que nossa presença neste mundo seja como um grão de fermento no meio da massa. Se o grão de fermento não for posto na massa, ela ficará sempre massa. Mas, se posto, ela levedará.
No mundo, todos nós vemos muitas coisas erradas, complicadas, difíceis de serem resolvidas. Diante delas, podemos tomar duas atitudes: a omissão ou a transformação. Na omissão, lavamos as mãos, nos ausentamos, somos indiferentes, desprezamos quem está lá e, por pior, podemos nos julgar superiores. Em tudo podemos ver somente pecado, esquecendo-nos dos pecadores. Esta é uma atitude farisaica, descomprometedora, distante daquilo que Deus quer de nós. Na ação transformadora, somos sinais de mudança através de nossa presença, da palavra e do testemunho. Esta é uma atitude comprometedora, pois nos coloca em contato com as pessoas que vivem nesta situação, sem condená-las, mas sendo nelas um sinal do amor de Deus. Ele, através do seu filho, veio para os que precisam de médico, aos que estão doentes.
Sua opção é de escolha livre. Deus lhe permite fazer a escolha entre a omissão e a transformação. Caso opte pela transformação, a bênção lhe será abundante e nada lhe faltará para ser o melhor sinal de Deus. Caso contrário, a bênção será para sua mudança e conversão, para depois optar pela vida e não pela morte.
Para seguir o Mestre, Jesus Cristo, o discipulado é imprescindível. Segui-lo, tem como consequencia o assumir da cruz. A cruz, se aceita como sinal de purificação, conduz à glória da vida eterna.
Por fim, para viver o dom da vida e o dom da vida cristã é preciso ter a graça da Santíssima Trindade. Ela vem até nós através da Palavra, da Tradição, dos Sacramentos, da Comunidade Eclesial, das Pessoas. Por isso, muita força e coragem.

Pe. Romeu Ullrich


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